Quarta-feira,
12 de outubro de 2016, dia das crianças. Na sede da Sociedade Beneficente Mão
Amiga havia mais de 80 delas, umas assistindo o show do mágico, outras
inventando brincadeiras com os amigos e amigas que tinham acabado de conhecer e
outras que estavam mais preocupadas em esperar as “tias” trazerem os
salgadinhos e os cachorros-quentes. Mas uma coisa tanto as crianças, quanto
seus familiares e as voluntárias tinham em comum: a felicidade estampada no
rosto!
Será
que ajudar o próximo nos deixa mais feliz do que ser ajudado por alguém? Com
certeza posso afirmar, ao menos, que é um sentimento único. Receber um pouco da
doçura de cada menino e menina, que nos chamavam carinhosamente de “tias”, nos
elogiavam, queriam tirar fotos conosco e, ocasionalmente, ainda nos
surpreendiam com um abraço apertado. Ver a alegria das crianças quando chegaram
os salgados e quando viram os lindos bolos na mesa, e o brilho em seus olhos
quando perceberam que iam ganhar bolas de presente no final da celebração. Além
disso, foi possível sentir a gratidão dos pais, mães e familiares que ali estavam.
Por parte da dona Cida então, nem se fala.
A
experiência do meu grupo enquanto trabalhamos com esse projeto foi maravilhosa
e todas nós ficamos extremamente gratas com a oportunidade. Por isso,
procuramos saber sobre outros grupos que também tiveram a honra de conhecer a
Sociedade Beneficente Mão Amiga e seus voluntários, para que eles pudessem
compartilhar o que sentiram durante o processo.
No
período passado, o aluno Pedro Capetti foi um deles. Segundo ele, “foi muito
legal ter conhecido uma instituição como a Mão Amiga e, principalmente, uma pessoa
como a Dona Cida. A história de vida dela se mistura muito com a história da
instituição, é uma mãe para todas aquelas pessoas que ajuda”. E não pense que a
história de Pedro com a associação acabou junto com o período, porque semana
passada ele fez questão de ir fazer uma visita para matar as saudades, e
afirmou que só de estar lá já sente “muita coisa boa”. Inclusive, em sua
opinião, “todos os grupos deveriam ter a oportunidade de conhecer e contribuir
com a Mão Amiga”. Seria muita sorte de ambos os lados, tenho certeza.
Já
a aluna Luma Perobeli trabalhou com a instituição em outubro de 2015. Quando a
questionei sobre o processo, Luma disse que em nenhum momento ela ou as outras
cinco amigas de seu grupo acharam difícil ou cansativo, que durante todo o
tempo sentiram-se felizes em poder, segundo ela, ajudar para o prosseguimento
do maravilhoso trabalho de amor e solidariedade que Maria Aparecida da Silva, a
dona Cida, desenvolve há 32 anos com os mais carentes, e que todas tiraram o
melhor que essa experiência poderia proporcioná-las.
Luma
também compartilhou um desabafo: “Descobrir que mesmo em situações
aparentemente difíceis muitas pessoas se mostram ricas ao dedicar o pouco que
tem ao próximo, nos ajudou a valorizar mais as nossas ‘ricas’ e belas vidas e
entender que somente o amor e a solidariedade são capazes de verdadeiramente
enriquecer alguém. Ao final dos trabalhos previstos para a disciplina de
Comunicação Comunitária, não fomos até a sede da instituição para nos despedir,
mas sim para dizer um ‘até breve’ e demonstrar nossa eterna gratidão à
felicidade que ela e a Mão Amiga nos proporcionaram”.
O
apreço e admiração por dona Cida é um denominador comum por parte de todos que
já ajudaram a instituição. Segundo Thales Rodrigues, aluno de jornalismo que
também já fez parte desse projeto, “A Dona Cida é uma mulher sensacional. A
força dela faz com que várias famílias tenham o amparo necessário para se
desenvolverem. Ela nos mostra que devemos pensar no coletivo e tentar ajudar o
próximo da manheira que podemos. A sua dedicação e perseverança é o que mantém
a Mão Amiga, pois é desta forma que ela consegue sensibilizar as pessoas para
as necessidades daqueles que são assistidos pela instituição”.
Thales,
que nunca havia feito nenhum trabalho voluntário antes, compartilha que por
muitas vezes pensou que apenas o ajudado era beneficiado, mas que descobriu na
Mão Amiga que quem ajuda também recebe muito. Segundo ele, sendo voluntário
conseguimos ver a realidade do outro e entender como estão inseridos na
sociedade, o que torna a experiência incrível e faz valer muito a pena.
O
estudante contou ainda que, desde o primeiro momento, todo o grupo que atuou
com ele na Mão Amiga abraçou muito o trabalho que lhes foi proposto e encararam
a atividade, proposta pela disciplina, como uma forma de ajudar a sociedade com
o conhecimento aprendido em sala de aula. Com o passar do tempo, viram o quanto
a ação de um grupo de pessoas pode ser transformador no local onde eles
atuam.
Ele
compartilha: “Sempre gostei dos trabalhos práticos da faculdade, pois acredito
que é assim que aprendemos no jornalismo, mas essa experiência na Mão Amiga me
mostrou coisas além do conteúdo profissional. Pude entender o sentido de
comunidade, ao ver a união no entorno na instituição, e entendi que para ajudar
alguém não é possível apenas por meio de doações financeiras. Todos podemos
contribuir de alguma forma, para isso, basta se dispor a fazer algo”.
Embora
cada grupo e indivíduos tenha tido sua própria experiência, o que foi possível
observar é o fato de o trabalho ter influenciado extremamente e de forma muito
positiva a vida de cada um. Fica o sentimento de gratidão, lindas lembranças e
o desejo de seguir levando solidariedade à quem precisa. 🙏♥
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