"Maria Aparecida da Silva é
presidente da Mão Amiga, dona Cida ou simplesmente Cida, como é conhecida,
personifica a imagem da instituição. Natural de Além Paraíba (RJ), aos 12 anos
Cida se mudou para Juiz de Fora e já começou a trabalhar. Entre suas diversas
atividades, já trabalhou como ajudante de cozinha, empregada doméstica,
faxineira e manicure. Cida tem 14 filhos, sendo sete deles adotivos. Seu
primeiro marido, Joel de Souza, faleceu em 2003, devido a uma hemorragia
interna. Logo, Cida teve que assumir as obrigações da casa e o sustento dos
filhos que ainda dependiam dela.
No início da Mão Amiga, quando a instituição ainda não tinha uma sede, Cida trabalhava como faxineira e manicure. Hoje, aos 51 anos, ela se dedica em tempo integral à instituição. Sua infância foi pobre, veio de uma família de 14 irmãos, e em sua vida de casada também passou por grandes dificuldades. Uma delas ocorreu quando morava com seu primeiro marido e filhos em uma casa paupérrima. Cida e a família viveram no local por dez anos, até que uma chuva forte destruiu a moradia e toda sua mobília foi soterrada. Sem ter para aonde ir, contou com a solidariedade das pessoas que mais tarde se tornariam colaboradoras da Mão Amiga.
As histórias de Cida e da Mão Amiga se confundem, pois a instituição teve início nas adversidades enfrentadas por sua criadora, que ao viver em uma condição de pobreza e privações resolveu, por conta própria e pela ajuda de outros voluntários, transformar a realidade das pessoas ao seu redor.
A Mão Amiga nasceu do trabalho de Cida e de outras moradoras da Vila Olavo Costa, que se mobilizaram para ajudar as famílias economicamente carentes da região. Elas organizavam campanhas para arrecadação de material escolar, festas juninas e campanhas de reciclagem de latas de alumínio com o objetivo de angariar recursos para repassar à comunidade. As moradoras também formaram um grupo chamado por elas de “mães sociais”, onde cuidavam dos filhos de outras vizinhas para que estas pudessem trabalhar fora.
Um evento que nessa época atraiu a atenção da mídia local foram os tradicionais almoços oferecidos aos necessitados do bairro. A confraternização era organizada por Cida e demais voluntárias no último domingo de cada mês. Entretanto, o reconhecimento público pela sociedade juiz-forana seria alcançado graças à distribuição de sobras de frango à comunidade da Vila Olavo Costa (...)".
Trechos
do Trabalho de Conclusão de Curso "A comunicação comunitária e as
instituições sem fins lucrativos: O caso da Sociedade Beneficente Mão
Amiga" escrito por Jordana Carvalho Moreira (Faculdade de Jornalismo/UFJF/2014).
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