O dia 1° de maio, em muitos países, é
dedicado a comemorar o Dia do
Trabalhador e o Dia do Trabalho. Uma
data marcada para homenagear aqueles que trabalham e que com seu esforço
constroem o seu país. Foi
escolhido o dia 1° de maio porque há muito tempo atrás, em 1886, os
trabalhadores norte-americanos organizaram um movimento onde solicitavam
melhores condições de trabalho. Naquela época os operários trabalhavam até
dezesseis horas por dia e não tinham nenhum direito. Hoje, os trabalhadores têm
direitos como férias, aposentadoria, 13° salário, entre outros.
Sabemos
que há muito que melhorar, mas aproveitamos a data para lembrar a importância de
todas as formas de trabalho em nossa sociedade – uma delas, o trabalho voluntário. Dona Cida nos fala sobre e sua experiência
pessoal.
A
mensagem de otimismo e perseverança de Cida faz lembrar a história do Zé
Alegria, uma história simples, porém muito verdadeira.
Trabalhar
com alegria
Havia
uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros.
Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com
o pouco que sobrava das refeições. Todos que viviam ali trabalhavam na roça do
senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito
pouco por isso.
Um
dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria. Era um jovem
agricultor em busca de trabalho. Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha
casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali. O jovem, vendo aquela casa suja
e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova. Cuidou da limpeza e, em suas horas
vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de
plantar flores no jardim e nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada destacava-se
das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam. Ele sempre
trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé
Alegria.
Os
outros trabalhadores lhe perguntavam: como você consegue trabalhar feliz e
sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos? O jovem olhou para os amigos
e disse: “- Bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho. Ao invés de blasfemar
e reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das
condições. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com
capricho e amor aquilo que aceitei fazer.”
Os
outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo
destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: "como ele pode pensar
assim?" O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do
fazendeiro, que passou a observá-lo à distância. Um dia o sr. João pensou:
"alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará com o
mesmo capricho da minha fazenda." "Ele é o único aqui que pensa como
eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da
fazenda."
Num
final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho,
ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda. O rapaz aceitou
prontamente. Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar: "O
que faz algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não?" A resposta do
jovem veio logo: "Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o
principal é que: não somos vítimas do destino. Existe em nós a capacidade de
realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um."
Pense nisso!
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